A dona de casa Dinilze Israel conta que, juntamente com sua família, vivevam momentos de pânico e terror, durante o naufrágio do barco Comandante do Mar, que ocorreu no domingo, 01, no rio Atuá, na Ilha de Marajó, no Pará.
Ela denuncia que o barco estava superlotado e que o dono, identificado por "Marquinho" e o responsável, conhecido por "Reco", sabiam dos riscos, durante a navegação.
"Eu era uma das passageiras. Estava eu, minha mãe, meu esposo, minha irmã grávida já no mês pra ter bebê, meus dois filhos e meu sobrinho. Tinha pra mais de 200 passageiros. O responsável do barco e o dono, não deram atenção pra ninguém, e nem ajudaram a salvar ninguém", revela Dinilze, afirmando que, no barco não tinha coletes salva-vidas.
"Agora tá difícil das autoridades verem o problema, porque o barco não tá aqui na cidade. O dono levou o barco pra casa dele de volta. Ele não salvou ninguém na hora do desespero", concluiu.
ENTENDA O ACIDENTE
A Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR), informou que recebeu, na segunda-feira (2), a denúncia de um acidente ocorrido, no domingo (1° de março), com o barco “Comandante do Mar”, que saiu da região do Alto Rio Atuá, com destino a cidade de Muaná, no Marajó.
Segundo informações locais, o barco com 70 pessoas a bordo, bateu em algo, ainda não identificado, por volta das 20h, ocasionando a abertura do casco e a entrada de grande quantidade de água dentro da embarcação.
De acordo com a Marinha, não houve vítimas fatais e todos os passageiros e tripulantes foram
resgatados. Uma equipe da CPAOR foi encaminhada ao local para averiguar o ocorrido, notificar a empresa e garantir a segurança da navegação.
Segundo a Marinha, já foi instaurado um inquérito para apurar as causas, circunstâncias e os responsáveis pelo acidente.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: Portal Santarém