Tripulantes e seguranças de uma balsa da empresa Unirios, passaram por momentos de pânico e terror, provocado por 'piratas", na madrugada de quarta-feira, 20, em Santarém, oeste do Pará.
A balsa partiu do Porto de Manaus com destino a Belém transportando carretas.
Segundo os funcionários, era por volta de 01h, quando vários homens em um barco e algumas voadeiras (embarcações velozes de pequeno porte) invadiram a balsa, renderam e torturaram seis seguranças e, depois roubaram suas armas.
O ataque à balsa aconteceu na localidade conhecida por "Boca do Tapará", às margens do rio Amazonas, a poucos minutos de Santarém.
Um segurança da balsa relatou o terror praticado por 'piratas': "Tomaram as armas, espancaram os seguranças, a tripulação e o comandante. Eu estava de serviço e pulei pra cima da balsa. Depois me arrastei por baixo das carretas e estou todo machucado. Pedi socorro pra um carreteiro e me escondi na carreta, mas o restante da tripulação apanhou muito".
INSEGURANÇA NA NAVEGAÇÃO
Em outubro deste ano, seguranças de embarcações que transportam grãos e mercadorias, denunciaram os ataques de 'piratas' nos rios do Pará.
De acordos com os seguranças, são frequentes os ataques de 'piratas' a funcionários de balsas, que fazem o transporte de cargas entre os portos de Santarém e Vila do Conde, no trecho conhecido como Estreito de Breves, no rio Amazonas, no Pará.
Os seguranças informaram que, diariamente são transportadas mercadorias, como soja e milho, de Santarém para o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, porém, os confrontos com "piratas' aumentaram nos últimos meses, provocando insegurança aos trabalhadores.
O segurança Riva da Silva Frota, declara que quando a embarcação chega ao Estreito de Breves, o medo aumenta entre os trabalhadores marítimos. "Todas as balsas que levam soja, milho, óleo ou outras mercadorias sofrem ataques", denunciou Riva.
Segundo ele, em vários confrontos já houve trabalhadores feridos e o roubo de mercadorias e dinheiro pelos 'piratas'.
"Isso sempre acontece. Gurupá é a cidade mais perigosa quando a gente passar por lá. De Almeirím até Vila do Conde e também em direção a Macapá, toda essa área é perigosa", revela Riva.
Ele reivindica junto à administração pública do Pará, ações de segurança no Estreito de Breves. "Nós queremos segurança nessa aérea. O Estreito é um trecho muito grande. Tem que ter segurança!", exclamou Riva.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: Portal Santarém