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17/05/2022 as 08:25 | Por Redação |
MPF acompanha ameaças de ataques contra aldeias da Terra Indígena Apyterewa, no Pará
A terra indígena Apyterewa é uma das mais invadidas e mais desmatadas do país
Fotografo: Reprodução
Indígenas de recente contato foram avisados por moradores da região que estariam sendo preparados ataques contra aldeias

Uma das terras indígenas mais invadidas do país, a Apyterewa, do povo Parakanã, entre os municípios paraenses de São Félix do Xingu e Altamira, vive momentos de tensão desde domingo (15), quando começaram a correr ameaças de invasão de aldeias. O Ministério Público Federal (MPF) foi alertado e acionou imediatamente as forças de segurança. 
 
Ainda no domingo, foram avisados o superintendente da Polícia Federal em Belém e o delegado de Redenção, cidade mais próxima ao possível local dos ataques. A área é de difícil acesso, por isso MPF e órgãos de segurança tentam viabilizar medidas prioritárias de segurança para evitar violência contra as aldeias Parakanã. 
 
Na segunda-feira (16) novos relatos de ameaças chegaram ao conhecimento dos procuradores da República que acompanham o caso, em Redenção, e medidas administrativas e judiciais de proteção aos indígenas que já estão em curso serão imediatamente intensificadas. 
 
Relatos - Os relatos chegaram ao MPF por meio de áudios em que indígenas contam da chegada de não indígenas que teriam vindo avisá-los da organização, por fazendeiros, de equipes para atacar aldeias recém-abertas pelos Parakanã. Hoje, alguns dos áudios diziam que os homens teriam de fato cercado uma das aldeias. 
 
A terra indígena Apyterewa é uma das mais invadidas e mais desmatadas do país. Homologada desde 2007, teve a sua desintrusão – retirada dos invasores não indígenas – prevista como uma das condicionantes prioritárias antes das obras da usina de Belo Monte. 
 
O MPF processa o estado brasileiro para obrigar a desintrusão e desde 2009 pede à Justiça Federal que multe o governo por não cumprir as decisões judiciais. Conflitos com fazendeiros e grileiros são frequentes na área e nos últimos dois anos invasores confrontaram diversas vezes fiscais ambientais e servidores da Funai que trabalhavam na área, chegando a atirar bombas contra eles. 

 

Com informações do MPF 

 

 




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