Na sessão de quarta-feira (16) o vereador Carlos Martins (PT), falou da inspeção do Ministério Público e do Conselho Municipal de Saúde no Hospital Municipal de Santarém e sobre o financiamento da saúde no município.
“Nós recebemos informações sobre os recursos da média e alta complexidade para Santarém e verificamos que o teto municipal para o HMS é de R$2.103.974,24. E lembro também que na reunião com o Instituto Mais Saúde que gerencia a UPA e o HMS fomos informados que o contrato é de mais de 5 milhões de reais por mês. O erro está justamente nesse ponto, como o município recebe cerca de 2 milhões do SUS e faz um contrato de 5 milhões com a OSS? Essa diferença de 3 milhões é preenchida com recursos próprios e não com recursos do governo federal. É uma conta que não bate, e isso gera uma série de problemas como esses mostrados na inspeção do Ministério público”, explicou Carlos.
“Olhando a prestação de contas de 2019, o recurso total para a saúde foi de 152,7 milhões, e desses, 85,7 milhões vieram do Governo Federal, 60,8 milhões do município e apenas 6,1 milhões do estado. Já em 2020, o recurso total foi de 187,1 milhões, sendo 102 milhões do governo federal; 74,8 milhões do município e somente 10,1 milhões do governo estadual.
Estamos vendo claramente uma ausência do Estado em relação à saúde em Santarém. E vendo isso, ainda iremos continuar esperando essa parceria acontecer ou vamos exigir que o estado repasse mais recursos para o HMS? Porque a situação é urgente e grave, nosso município está sangrando. Foram investidos cerca de 36 milhões a mais para financiar a média e alta complexidade em 2019 e novamente em 2020.
E essa situação também é resultado de uma decisão desta Casa de aprovar a lei da terceirização da saúde, enquanto o orçamento municipal não permitia isso”, finalizou.
Fonte: Portal Santarém e Ascom/Vereador Carlos Martins (PT)