O Vereador Carlos Martins (PT), destacou na sessão desta segunda-feira (01) sobre a inspeção feita pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e o Conselho Municipal de Saúde (CMSS) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h de Santarém. A vistoria detectou uma série de problemas, como o número reduzido de profissionais para atender a grande demanda de pacientes e a falta de equipamentos essenciais ao atendimento dos casos graves de Covid-19.
Carlos Martins considerou a vistoria muito importante e destacou a preocupação com o número elevado de atendimentos de casos de Covid que a UPA continua realizando, gerando com isso a necessidade de ampliação dos leitos para pacientes mais graves.
“O nosso grande problema está nos leitos de UTI, que apesar do aumento nos últimos meses, a ocupação deles continua em praticamente 100%. Além disso, a UPA continua atendendo muitos pacientes todos os dias. Em torno de 90 pessoas dão entrada diariamente na unidade, com sintomas moderados a graves e que ficam aguardando transferência para leitos no HRBA ou Hospital regional do Tapajós, em Itaituba”, finalizou.
O vereador ainda acrescentou a constatação levantada na vistoria do MPPA e CMSS, sobre a pequena quantidade de médicos e profissionais de enfermagem e fisioterapeutas, que reflete diretamente nas condições de tratamento dos pacientes atendidos na unidade, já que esses profissionais precisam se dividir entre os atendimentos diários na unidade e os atendimentos dos pacientes que já se encontram internados.
Carlos ainda complementou, “É uma situação muito preocupante, porque eu entendo que se esperava com a medida do lockdown uma diminuição nos atendimentos dos pacientes mais graves, e infelizmente não é isso que estamos constatando. Continua existindo uma grande espera, tanto para a UPA na sala de estabilização quanto para o HRBA nos leitos de UTI. E os óbitos também aumentaram, só no mês de fevereiro foram 129, isso quer dizer que a rede hospitalar do nosso município não está conseguindo atender de forma adequada esses pacientes. O número de óbitos reflete a dificuldade da assistência que os pacientes estão tendo, por exemplo, na lista de espera, porque muitas vezes enquanto estão aguardando esse leito, muitos não resistem”, finalizou Carlos Martins.
Fonte: Portal Santarém e Ascom/Vereador Carlos Martins (PT)