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Santarém(PA), Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024 - 23:43
16/04/2024 as 08:55 | Por Redação |
Prefeitura de Santarém abre programação da Semana dos Povos Indígenas 2024
'O futuro é hoje: educar para demarcar' é o tema de reflexão deste ano.
Fotografo: Reprodução
Semed abriu oficialmente na segunda-feira (15) a Semana dos Povos Indígenas 2024

Refletindo a temática O futuro é hoje: educar para demarcar, a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), abriu oficialmente na segunda-feira (15) a Semana dos Povos Indígenas 2024.  

 

Realizada no Ginásio da escola municipal Professora Maria Amália Queiroz de Sousa, no bairro Mapiri, a abertura contou com a presença da assessora de Assuntos Educacionais da Semed, Gerusa Vidal, assessora de Ensino, Vânia Barroso, coordenadora da Divisão de Educação Escolar Indígena, Jecilaine Ferreira Borari, e de Hélia Kumaruara, do departamento de Educação Indígena do CITA (Conselho Indígena Tapajós Arapiuns) e ainda, do presidente da Associação de Moradores do Mapiri, Renato Guimarães. 

 

Coordenado pela Divisão de Educação Escolar Indígena (DEEI) da Semed, o evento inicia hoje e seguirá até 19 de abril, com programação e reflexão do tema nas escolas da rede municipal. O objetivo é fortalecer a luta dos povos indígenas pela demarcação dos territórios que se estende em nível nacional, ressaltando que a demarcação dos territórios ancestrais é essencial na preservação de todos os biomas do país, na luta contra o genocídio dos povos originários e na manutenção da democracia brasileira. 

 

Um ritual indígena abriu a programação, que teve o hino nacional cantado na língua Nheengatu pela aluna Emanuelle Saron Matos, da Escola Municipal Nossa Senhora das Graças, da Aldeia Solimões, rio Tapajós. 

 

Houve, também, exposição de artesanatos, apresentações de danças e trabalhos de alunos realizados nas escolas, apresentações culturais e demonstração da culinária indígena. Durante todo o dia, alunos das escolas urbanas estarão se revezando em visita ao local para conhecer os stands e um pouco da cultura indígena. 

 

Professora Marineia Amaral Costa, da educação infantil, turma do Pré II A, do Cemei Indígena Profa. Marilda Borari, em Alter do Chão desenvolveu um trabalho utilizando a argila como forma de despertar a arte sensorial das crianças. 

 

"Essa ideia surgiu a partir de um estudo que eu tive com as minhas crianças por elas não terem esse contato com a natureza, e eu percebi que trabalhando com a argila eles iriam se desenvolver mais, e é o que está acontecendo, eles estão se descobrindo e desenvolvendo essa arte por meio da argila”, contou. 

 

Já o stand da professora Beatriz Santos Oliveira, da escola Santa Luzia, comunidade Muratuba, rio Tapajós, expôs o grafismo como uma das identidades indígena. 

 

“O grafismo representa a cultura do nosso povo e a importância dele pra nós é que ele nos dá lugar na sociedade e através dele a gente pode ser identificado entre todos os povos das etnias indígenas”, disse. 

 

Para Hélia Kumaruara, do departamento de educação indígena do CITA, a educação é fundamental no processo de conscientização dos direitos indígenas. 

 

"Esse também é um momento de reflexão de tudo que já conquistamos e aquilo que estamos para conquistar, mas isso se dá através da educação, se não tivermos uma educação diferenciada, que trabalhe, de fato, os direitos e a educação específica dos povos indígenas isso não vai garantir a nossa existência, a nossa vivência como povos indígenas”, pontuou. 

 

A coordenadora da DEEI, Jecilaine Borari, confirmou que o tema desse ano busca a valorização da identidade indígena. 

 

"Estamos trabalhando a valorização da nossa história, da nossa cultura e, em conjunto com o movimento indígena em nível nacional nós estamos trazendo o tema educar para demarcar, porque o principal foco esse ano da população indígena do Brasil é a demarcação do território, a busca da valorização da nossa identidade, da nossa cultura e dos nossos direitos para que possamos ser respeitados, e tudo começa pela educação, pela educação vamos trabalhar nossa visibilidade, através da educação nós podemos ocupar os espaços, principalmente nas discussões das políticas públicas voltadas para a população indígena". 

 

Ainda conforme Jecilaine Borari, o município de Santarém conta com 112 aldeias e 59 escolas indígenas divididas em polos. Destas, 17 (polos) estão participando. 

 

Além da programação nas escolas, os professores indígenas também são convidados nesse período para fazer palestras nas escolas, demonstração de artesanato e pintura corporal. 

 

Por: Ronnie Dantas/Ascom-Semed  

Fonte: Portal Santarém

 




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