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02/09/2020 as 10:31 | Por Redação |
Aulas online e saúde ocular
Médico informa que crianças de 18 a 24 meses não deveriam ser expostas ao estímulo das telas,
Fotografo: Reprodução
Especialista orienta sobre cuidados com o tempo de exposição das crianças às telas durante a pandemia

Com o prolongamento da pandemia da Covid-19, crianças em idade escolar estão há meses sem aulas presenciais. Para não perder o conteúdo e manter a rotina de estudos durante a quarentena, algumas escolas atuam de modo online. Crianças em várias faixas etárias passaram a utilizar diferentes telas, não apenas para entretenimento, mas também para estudar. Mas até que ponto a nova prática é segura? Muito se falava dos riscos do tempo de exposição às telas para a saúde ocular de crianças, mas e agora, quando este uso passa a fazer parte da rotina escolar?

Segundo o oftalmologista do Hapvida, Eduardo Nery Camilo, a preocupação é válida, uma vez que existe, sim, uma relação entre o uso prolongado de tablets, smartphones ou mesmo computadores, e o desenvolvimento de problemas oculares, como a miopia, por exemplo. O especialista explica que alguns problemas podem acontecer devido ao esforço dos músculos do sistema ocular para podermos enxergar nitidamente nesses aparelhos: "Para termos uma boa visão, precisamos de uma boa musculatura para focar nos objetos ou nas letras que queremos ver. Essas musculaturas nos jovens são mais novas, têm um tônus melhor. Quando nos expomos muito tempo às telas, e normalmente elas ficam muito próximas, essa musculatura acaba sendo forçada. Com isso, a preocupação com as crianças é que, devido à fadiga deste músculo, aumente a prevalência da necessidade de usar óculos".

O médico informa que crianças de 18 a 24 meses não deveriam ser expostas ao estímulo das telas, pois não há um tempo limite seguro para o uso desses aparelhos que evite possíveis problemas na visão. "Já para as crianças pré-escolares, de 2 a 5 anos, devemos limitar o uso a apenas uma hora por dia, de forma correta, com alta qualidade, para que ela possa interagir com o que está vendo e ter um melhor desenvolvimento psicomotor", orienta o oftalmologista.

Quanto às crianças em idade escolar, que estejam tendo aulas online, é preciso ficar atento aos sinais de que a exposição às telas pode estar desencadeando algum problema de vista. Eduardo comenta que os principais alertas são as queixas de dor de cabeça, ardência, devido ao ressecamento, e coceira nos olhos.

Para evitar esses sintomas e prevenir o desenvolvimento de doenças oculares por esforço, o médico orienta a realização do exercício "Vinte-vinte-vinte": "A pessoa que se expõe muito às telas precisa fazer paradas a cada 20 minutos, olhar para longe por cerca de 20 segundos e então piscar 20 vezes, para poder voltar a hidratar a superfície dos olhos". Outra dica para que as crianças possam assistir às aulas online sem prejuízos seria ajustar o modo de acesso ao conteúdo: "Então, se a criança for assistir uma vídeo aula, o ideal seria espelhar a imagem em uma televisão a pelo menos 3m de distância da criança, isso faz com que a musculatura que existe dentro dos olhos precise de menos esforço para focar a imagem", orienta o médico.

Fonte: Portal Santarém e Erika Santos

 




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