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Santarém(PA), Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024 - 18:58
14/04/2022 as 08:13 | Por Redação |
MPF pede à Justiça que obrigue União a garantir balanças de pesagem em rodovias federais do Pará
A ação foi ajuizada contra a União e o Dnit
Fotografo: Reprodução
Polícia Rodoviária Federal não tem balança e Dnit só tem duas para atuar no estado inteiro

O Ministério Público Federal (MPF) pediu que a Justiça obrigue a União a apresentar, com urgência, um cronograma de ações para garantir balanças de pesagem suficientes para fiscalização ininterrupta em todos os postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Pará. 
  
A PRF não tem nenhuma balança própria no Pará e depende de conseguir esses aparelhos por empréstimos ou convênios. O Dnit só tem duas balanças para fiscalização em todo o estado, e os equipamentos não funcionam de forma ininterrupta. 
  
Por causa do número precário de balanças, na maioria das abordagens a PRF precisa fazer a fiscalização do peso dos veículos apenas por meio da conferência dos documentos fiscais das cargas, informa a ação. 
  
O MPF ressalta que o excesso de peso em veículos provoca acidentes, viola o patrimônio público, a ordem econômica, o meio ambiente e a segurança pessoal e patrimonial. 
  
Acidentes e danos – O tráfego de veículos com excesso de peso causa acidentes por comprometer o funcionamento dos veículos – pelo desgaste de freios, molas e outros itens –, tornar o trânsito mais lento – o que motiva ultrapassagens forçadas – e acelerar a deterioração do pavimento asfáltico – o que provoca o surgimento de buracos e outras 
irregularidades nas pistas. 
  
De acordo com o Plano Diretor Nacional Estratégico de Pesagem, citado na ação, se um pavimento recebe veículos com 10% a mais de sobrecarga, sua vida útil cai pela metade. Se o sobrepeso é de 30%, a duração da obra é quatro vezes menor que a prevista. 
  
Outro agravante é que o excesso de carga frequentemente é acompanhado de perdas parciais ao longo do trajeto - como areia, pedra e produtos químicos - que aceleram o processo de deterioração do pavimento pela ação física-abrasiva, ou química, lembra o Instituto de Pesquisa Rodoviárias, também mencionado pelo MPF. 
  
A ação foi ajuizada contra a União e o Dnit. 
  
Processo nº 1011749-97.2022.4.01.3900 – 5ª Vara Cível da Justiça Federal em Belém (PA) 

 

Com informações do MPF 
 

 




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