Partiu de moradores do Município de Altamira, localizado na região do rio Xingu, no Pará, a denúncia de que há alguns meses, o Ministério Público Federal (MPF) deixou de atender os usuários presencialmente.
Por conta disso, os moradores denunciam que, principalmente as pessoas mais vulneráveis e de baixa escolaridade, estão sendo totalmente prejudicadas pela falta do atendimento presencial. Sem falar que muitas dessas pessoas que procuram o MPF são pobres (carentes), sem condições de pagar internet, causando insatisfação.
"O Ministério Público Federal de Altamira não está atendendo as pessoas há muito tempo. Quem se dirige ao MPF, o porteiro diz que é pra acionar o MPF pela internet. Isso está prejudicando a população do Município, principalmente as pessoas analfabetas, que procuram o órgão e são orientadas para acionar pela internet. A reclamação é muito grande. Quando alguém tenta entrar em contato, através de telefone, não é atendida", revelou um morador, que pediu para ter a identidade preservada.
Ele aponta que o MPF atua como fiscal da lei, mas tem atuação também nas áreas cível, criminal e eleitoral. Na área eleitoral, o MPF pode intervir em todas as fases do processo e age em parceria com os ministérios públicos estaduais. O MPF também atua na Justiça Federal, em causas nas quais a Constituição considera haver interesse federal.
No entanto, segundo o morador, no Município de Altamira, que conta com uma grande demanda reprimida e com constantes conflitos agrários, esses serviços e a atenção dos servidores do MPF não estão acontecendo presencialmente.
Nossa reportagem tentou entrar em contato com o MPF de Altamira, mas não obtivemos êxito. Porém, estamos à disposição do órgão para qualquer esclarecimento.
Fonte: Portal Santarém