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Santarém(PA), Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024 - 00:35
03/05/2021 as 12:13 | Por Redação |
Madeireiros invadem sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém
Invasão ocorreu na manhã desta segunda-feira (03)
Fotografo: Reprodução
Invasão se dá em virtude de uma decisão do TRF-1, que suspendeu liminar da Justiça Federal de Santarém

A sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR) foi invadida por madeireiros da região da região da Resex Tapajós Arapiuns. O fato ocorreu na manhã desta segunda-feira (03), em Santarém, oeste do Pará. 

De acordo com as primeiras informações, a invasão se dá em virtude de uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) deste dia 30 de abril, que suspendeu a decisão liminar da Justiça Federal de Santarém que autorizava a retomada dos processos de Plano de Manejo dentro da Reserva Extrativista (Resex) Tapajós Arapiuns, entre os municípios de Santarém e Aveiro (PA). 

A decisão faz parte de uma Ação Civil Pública (ACP) movida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Santarém (STTR) e pelo Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (CITA), com assessoria jurídica da Terra de Direitos. As entidades pediram a suspensão dos procedimentos de aprovação dos planos de manejo florestal dentro da Resex até que fosse realizada a consulta prévia, livre e informada das 78 comunidades tradicionais e aldeias que vivem na Reserva.  

A Polícia Militar já  está no local. 

Nota de Apoio ao STTR/Santarém

Desde as últimas eleições gerais no Brasil, os conflitos no campo e na floresta cresceram. O estímulo do governo federal ao desenvolvimento de atividades ilegais - tais como o garimpo, a grilagem e a extração de madeira - na Amazônia Legal é fato notório nacional e internacionalmente. Assim, o que testemunhamos na manhã desta segunda-feira, após a invasão da sede do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR/Santarém) por madeireiros da região da Resex Tapajós Arapiuns é mais um episódio de intimidação e perseguição às organizações da sociedade civil brasileira, algo recorrente no atual cenário político do país. Essa ação não teria lugar sem o respaldo de quem ocupa tanto a Presidência da República quanto do Ministério do Meio Ambiente. Ela é sintoma de um sentimento de absoluta impunidade. Deve, por isso, acender um sinal vermelho para o campo democrático, além de ser encarada como um chamado para a formação de alianças que possibilitem o encerramento desse ciclo político tenebroso. O Grupo Carta de Belém repudia veementemente a invasão do STTR/Santarém e presta seu apoio e sua solidariedade ao sindicato, que faz parte da história brasileira das resistências contra o extermínio e os modos de vida do campo e da floresta. Re(x)istir sempre! #ForaSalles #ForaBolsonaro #Amazônia #OIT169
Grupo Carta de Belém

Fonte:  Portal Santarém e Portal RDN 

 




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