Inconformados com o abandono por parte da administração pública, professores e alunos denunciam que a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio São Felipe, no bairro da Matinha, em Santarém, oeste do Pará, tem sofrido constantes roubos e depredações praticados por viciados em drogas.
Os professores enfatizam que "alguns vermes, vândalos e ladrões, que não conseguem refletir sobre o mau e o prejuízo que causam à comunidade escolar, roubam para alimentar o vício das drogas".
Segundo os professores, desde o mês de julho deste ano, estão ocorrendo alguns furtos de aparelhos de ar condicionados e de fiação elétrica, além de depredações de computadores para a retirada de peças de cobre, bem como arrombamentos em janelas.
Por conta disso, a direção do educandário afirma que já registrou alguns Boletins de Ocorrência e, que também comunicou os fatos a 5ª Unidade Regional de Educação (URE), em busca de solução para o problema.
Porém, no último fim de semana, uma ação de vândalos deixou a escola totalmente sem energia elétrica e sem internet, comprometendo os trabalhos na secretaria e nas salas de aula.
De acordo com a direção, os marginais cortaram e furtaram toda a fiação destinada as instalações de centrais de ar condicionado, assim como levaram os fios das caixas de passagem que energizam as salas de aula, além de cabos de internet.
Devido a alta temperatura nas salas que estão sem o funcionamento dos ventiladores, segundo a direção, a escola tem feito rodízio de aulas nos poucos cômodos que conseguiu normalizar emergencialmente e, que por isso, aos poucos o funcionamento está voltando a normalidade.
RECEPTADORES
Para os professores, o que deixa a comunidade escolar muito indignada "é saber que no próprio bairro, existem outros vermes e parasitas, que vivem da compra desses furtos de materiais de cobre e, alimentam o ciclo vicioso da receptação de roubos, em troca de drogas ou pequenos valores para alimentar o vício".
Segundo os professores, se comprova no local que "só há roubos e assaltos, porque existem receptadores inescrupulosos, que não medem as consequências desse ato".
SOLICITAÇÃO À COMUNIDADE
Os problemas ocasionados pelos marginais levaram a direção a pedir apoio da comunidade, para amenizar a situação na Escola São Felipe, que em 2019 completou 40 anos de fundação. "Nesse período, por motivo de força maior, a escola estava sem vigilantes, mas não justifica o estrago que fizeram. É uma escola! Todos do bairro devem protegê-la. A escola não é da direção ou dos professores. Ela é da comunidade e tem o propósito de atender a formação das crianças e adolescente do bairro, e como tal, deve ser protegida e respeitada por essa comunidade. Todo e qualquer ato de vandalismo deve ser coibido e denunciado também por essa comunidade", declarou, em nota, a diretoria da Escola São Felipe.
AÇÃO E POSSIVEL SOLUÇÃO
Uma comissão de professores e a direção da escola procurou a sede da 5ª URE, nesta semana, onde reuniu com o diretor da regional sobre a situação provocada por vândalos no prédio do educandário. Durante a reunião, o diretor da 5ª URE garantiu que a Escola São Felipe será atendida com mais dois vigilantes.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: Portal Santarém