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Santarém(PA), Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024 - 20:50
02/12/2021 as 15:53 | Por Redação |
Suspeitos de fraude no Enem são alvos de busca e apreensão no Pará
O esquema foi denunciado por um dos especialistas contratados
Fotografo: Reprodução
Operação foi realizada pela PF na manhã desta quinta-feira (2)

A Polícia Federal (PF) realizou nesta quinta-feira (2), em Belém (PA), busca e apreensão de celulares e documentos da residência de duas pessoas suspeitas de fraudar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 
 
Segundo as investigações, a fraude foi possível porque no último domingo (28) um dos suspeitos, enquanto fazia o exame, conseguiu utilizar o celular para se comunicar com pessoas que estavam fora do prédio. 
 
Esse suspeito fez a prova em uma escola do município de Benevides, na região metropolitana da capital paraense. 
 
Ele repassou fotos das questões a especialistas nos temas das provas, e o outro suspeito ficou responsável por fazer os pagamentos aos especialistas, apontam as investigações. 
 
Na residência alvo dos mandados de busca e apreensão a PF encontrou caderno com um gabarito do exame e números de pix de, pelo menos, sete especialistas contratados. 
 
Esquema denunciado – O esquema foi denunciado por um dos especialistas contratados. Antes da prova ele foi procurado por pessoa que se apresentou como estudante e pediu que o especialista resolvesse questões do estilo das aplicadas pelo Enem. 
 
Na manhã do último domingo, um dos suspeitos enviou o pagamento ao especialista, informando que à tarde seriam enviadas as questões e que o estudante precisava das respostas até as 17 horas. 
 
Fotos de um caderno de questões do Enem foram enviadas ao especialista no início da tarde, e na maioria das imagens tinha sido apagada a informação do ano de aplicação da prova. No entanto, em uma das fotos ainda constava a informação de que o caderno era da edição deste ano do exame. 
 
Investigações prosseguem – Os itens apreendidos nesta quinta-feira vão passar por perícias da equipe de investigação do caso. Os investigadores também apuram a suspeita de que não houve controle da entrada de celulares nas provas aplicadas na escola de Benevides onde um dos suspeitos participou do exame. 
 
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Federal. O MPF apresentou à Justiça manifestação favorável à expedição dos mandados. 
 
Segundo a legislação, a pena por fraudes em concurso público pode chegar a quatro anos de prisão, além de multa. Se o crime resulta em dano à administração pública, a pena aumenta para até seis anos de reclusão. 
 
Com informações do MPF 




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