Dionar Nunes Cunha Junior, o principal suspeito de ter mandado matar o empresário Iran Parente e de sua esposa Josiele Prezza, crime ocorrido no dia 27 de fevereiro deste ano, na comunidade de Boa Esperança, região do planalto de Santarém, no oeste do Pará, acaba de ser solto do presídio de Cucurunã e responderá o processo em prisão domiciliar.
Segundo informações, os advogados de Dionar Cunha entraram com o pedido de Habeas Corpus junto à Justiça e o Alvará de Soltura já foi expedido, estavam apenas esperando ser consultado pela Central de Alvarás de Belém, para poder sair do Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura (Presídio de Curunã), que acabou de acontecer no começo da tarde desta quarta-feira (08).
FIQUE POR DENTRO
A Polícia Civil de Santarém, no oeste do Pará, cumprindo mandado expedido pela Justiça, prendeu no dia 03 de maio de 2020, o ex-gerente do Inmetro em Santarém, Dionar Nunes Cunha Junior, acusado de ser um dos suspeitos de ter mandado matar o empresário Iran Parente e sua esposa Josiele Prezza, crime ocorrido no dia 27 de fevereiro deste ano.
Os corpos das vítimas foram encontrados em uma casa localizada na comunidade de Boa Esperança, na região do planalto santareno, no dia 28 de fevereiro. Segundo a Polícia, os corpos foram encontrados com várias perfurações de arma de fogo. No dia 28, uma pessoa foi presa acusada de ter participado no crime, Erick Renan, que após várias versões, falou a verdade sobre o crime à Polícia.
A operação que culminou com a prisão de Dionar Nunes Cunha Junior foi comandada pelo delegado titular da delegacia Especializada de Homicídios, Dr. Gilvan Almeida. Dionar Junior já foi encaminhada para a penitenciária Silvio Hall de Moura. Iran Parente atuava no ramo de agiotagem, e muita gente poderosa estava devendo para o mesmo.
GANÂNCIA MOTIVOU CRIME
Em entrevista coletiva à imprensa no dia 04 de maio, na Seccional de Polícia Civil de Santarém, outros detalhes foram revelados. Segundo a Polícia Civil, o que levou Dionar (que era amigo das vítimas) a planejar o crime, foi a ganância. Dionar estava à procura de alguns documentos que estavam em poder do casal assassinado
Segundo o delegado Gilvan Almeida, Iran começou a vida como camelô e em 20 anos conseguiu angariar uma grande fortuna. Ele atuava na prática da agiotagem, emprestava dinheiro e pegava garantias como cheques, notas promissórias, documentos de imóveis e documentos de veículos. Levava tudo isso em uma mochila. O Erik Renan foi contratado para matar o Iran e pegar uma pasta de documentos, e se a Josiele estivesse junto era pra ser morta também.
O delegado Gilvan Almeida disse que o crime teria sido planejado em duas fazendas: Fazenda Barbosa e Haras Barbosas, ambas no planalto santareno, de propriedade de Davi Barbosa. No Haras Barbosa, teria sido adquirida a motocicleta usada por Erik Renan Oliveira Carvalho, conhecido como “Calanguinho” e Valdileno Fraga Dias, conhecido como “Preto”, apontados como executores do duplo assassinato. Erik foi preso no dia 28 de fevereiro, mesmo dia em que os corpos do empresário e sua esposa foram encontrados. Ele entregou o esquema, mas informou que não sabia o nome do mandante.
Na ocasião, Erik informou à Polícia, no entanto, que sabia que o mandante era pessoa de confiança de Iran e tinha livre acesso à casa da vítima, porque tinha informações privilegiadas sobre a rotina do empresário.
Durante a coletiva, o delegado Gilvan Almeida revelou que foi a partir da amizade de Dionar com Iran, que o suposto mandante do crime deixou a vida de servidor público para se tornar empresário. Dionar também tinha um posto de combustível com um empresário de Itaituba, avaliado em R$ 10 milhões, que havia sido dado como garantia de empréstimo a Iran, motivos esses que nos levam a crer que o levaram a encomendar as mortes de Iran Parente e sua esposa Josiele", revelou delegado Gilvan.
Dionar Cunha está cumprindo pena desde o dia 03 de maio, no Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura (Presídio de Curunã).
Fonte: Portal Santarém
