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25/09/2021 as 09:07 | Por Redação |
Síndrome de Haff: A doença da urina preta e o consumo de peixes
Até o momento acredita-se que seja uma toxina presente na água que acaba sendo ingerida por nós quando consumimos o peixe que se contaminou primeiro
Fotografo: Reprodução
No Pará houve casos suspeitos em Belém, Trairão, Almerim e em Santarém, onde houve uma morte

Uma rara doença vem acometendo algumas pessoas após o consumo de peixes no Brasil. Ela foi denominada de doença de Haff, uma síndrome que pode causar a rabdomiólise, popularmente conhecida como doença da urina preta. A rabdomiólise ocorre quando há uma degradação das proteínas dos músculos que liberam substâncias no sangue que afetam os rins e deixam a urina da cor de café, daí o nome popular de doença da Urina Preta. Essa estranha condição tem afetado pessoas que consomem peixes, sobretudo, nos estados que possuem uma forte cultura de consumo de peixes como Amazonas e Pará. 

A doença ocorre em surtos e já aconteceu anteriormente no Brasil e em outros países. Os relatos são os mesmos, as pessoas que comeram peixes ou crustáceos se contaminaram e tiveram os sintomas clássicos de dores musculares, fraqueza, enjoo, e urina escura. Essa doença parece não passar de uma inflamação ou contaminação, mas que pode levar a uma insuficiência renal e óbito no pior dos casos, caso não for tratada. O tratamento é apenas hidratação. 

Mas o que causa a doença?  

Muitas pessoas nunca sequer ouviram falar dessa doença, com motivo, já que nem mesmo os cientistas sabem bem do que se trata ou o que a causa. A doença da Urina Preta ou Síndrome de Haff já é conhecida desde 1924, as pesquisas ao longo do tempo tentaram associar o pescado contaminado a algumas coisas, sem sucesso. As hipóteses mais prováveis eram que os peixes poderiam ter se contaminado com algas, metais pesados, ou mesmo com outras substâncias químicas. Porém, até o momento não há nenhuma ligação entre os peixes e essas hipóteses que foram levantadas.  

Até o momento acredita-se que seja uma toxina presente na água que acaba sendo ingerida por nós quando consumimos o peixe que se contaminou primeiro. No entanto, é importante manter a calma e saber que essa doença até então é pouco frequente e tem baixa capacidade de causar morte nas pessoas que se contaminam. 

Os peixes que foram consumidos e são suspeitos de estarem com maior tendência a contaminação são: Pacu prata, Pacu peva, olho de boi, Pacu manteiga, pirapitinga e badejo. Ao contrário do que dizem, não há evidências de que o consumo de peixes de criatórios seja completamente seguro. O ideal é evitar o consumo dos peixes das espécies suspeitas e verificar a procedência. 

Casos da doença  

O maior número de casos e episódios são no estado do Amazonas. No Pará houve casos suspeitos em Belém, Trairão, Almerim e em Santarém, onde houve uma morte. 

Fonte: Roma News 

 
 

 




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