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Santarém(PA), Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024 - 07:58
05/08/2019 as 08:55 | Por Da Redação |
Região Norte registra 970 mortes em conflitos agrários em 32 anos, diz Ministério Público
No Pará, de 2015 até 2017 ocorreram 46 homicídios em decorrência de conflitos agroambientais
Fotografo: Reprodução
Uma reunião ordinária acontecerá nesta terça-feira, dia 06, no auditório da Promotoria de Justiça de Santarém, para debater sobre o assunto

Atlas de Conflitos da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de 2017, mostra que os Estados da Amazônia Legal registraram 530 conflitos, sendo 142 no Pará, 191 em Rondônia e 197 no Maranhão. No Pará, de 2015 até 2017 ocorreram 46 homicídios em decorrência de conflitos agroambientais. Os homicídios na Amazônia Legal, somente em 2017, somam 54 casos.
Desde 1985, ocorreram 1.904 homicídios por conflitos no campo, e somente 113 casos foram julgados. A região Norte registrou 970 mortes em 32 anos, sendo 702 no Pará. As causas do alto índice de violência no campo, no Estado, foram resumidas pela promotoria, e incluem problemas relacionados à área de fronteira agrícola, energética, mineral e portuária; estoque de terra pública; insegurança quanto à propriedade da terra; processos de reforma agrária e regularização fundiária parados ou lentos, e ausência de prioridade para políticas de saúde, educação, segurança e ordenamento fundiário no campo.

Por conta disso, nesta terça-feira, 06, às 14h, ocorre no auditório da Promotoria de Justiça de Santarém, reunião ordinária do “Fórum Permanente do Ministério Público do Estado do Pará com a sociedade civil para Questões Agrárias e Fundiárias”.

Criado em 2018 pela Procuradoria-Geral de Justiça, o Fórum é composto por cinco promotores de Justiça Agrários que dialogam com integrantes de instituições públicas e da sociedade civil.

O objetivo do Fórum é ser um espaço democrático de diálogo com a finalidade de articular, mediar e prevenir conflitos, e para a troca de informações entre a sociedade civil e as instituições, de modo a identificar os problemas prioritários das populações envolvidas nos conflitos agrários e fundiários, e avaliação da execução das políticas públicas voltadas à área rural.

A coordenadora do Núcleo de Questões Agrárias e Fundiárias do Ministério Público do Estado, promotora de Justiça Ione Missae Nakamura, considera importante tratar os problemas dessa área de forma conjunta. “As instituições públicas e integrantes da sociedade civil devem manter uma comunicação entre si, um diálogo constante, fortalecendo as parcerias para a resolução dos conflitos”, frisou Nakamura.

Fonte: Portal Santarém e MPPA

 

 




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