Os preços do petróleo entraram em choque e subiram mais de 4% depois que um ataque aéreo dos Estados Unidos matou na última quinta-feira, 2, o general iraniano Qasem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária do Irã. Com a ação, surgiu no mercado a preocupação de que a crescente tensão no Oriente Médio possa atrapalhar o fornecimento de petróleo.
Nesta sexta-feira, 3, a cotação nas bolsas da Ásia e Austrália, dispararam após o anúncio do ataque. Um barril de 'petróleo doce leve', que recebe esse nome devido às baixas concentrações de enxofre, é agora encontrado no mercado por U$S 63,84, em uma valorização de 4,3%. Já o Brent, um tipo de petróleo cru que é referência na Europa, tem seu barril cotado no mercado asiático a U$S 69,16, uma alta de 4,4%.
Os contratos futuros de petróleo, um dos ativos mais negociados nas bolsas mundiais, também tiveram alta de US$ 1,23 com a morte de Soleimani. Antes do ataque, eles eram avaliados em US$ 67,48 por barril. O mesmo aconteceu com o petróleo bruto do tipo West Texas Intermediate (WTI), que subiu US$ 1,03 e passou a valer US$ 62,21 por barril.
A notícia do ataque somada aos altos preços do mercado global, fez crescer o receio de que talvez possa acontecer um desabastecimento no petróleo a nível mundial. "Uma enorme onda de incerteza chegou às mesas dos investidores", disse o especialista de mercado Jeffrey Halley, à AP.
Problemas no fornecimento trariam grandes consequências para todos. O petróleo doce leve, por exemplo, é extremamente importante para a produção de gasolina, sendo amplamente utilizado por grandes nações como China e Estados Unidos. No entanto, mesmo em meio ao caos do mercado, países produtores de petróleo, como a Malásia e a Indonésia, estão aproveitando a situação para lucrar.
Com informações do portal Terra.