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Santarém(PA), Sábado, 20 de Abril de 2024 - 13:29
24/06/2020 as 07:58 | Por Redação |
Preço do feijão e medicamentos disparam e assustam consumidores de Santarém
Medicamentos, como Vitamina C, que custava R$ 6,00, passou a valer R$ 15,00 nas farmácias
Fotografo: Reprodução
O feijão preto que antes da pandemia era comida de pobre, hoje faz parte do cardápio dos ricos

O aumento do preço de alguns produtos em alguns supermercados e de remédios em farmácias viraram motivo de questionamentos de moradores de Santarém, no oeste do Pará.

Para a dona de casa Mônica Oliveira, o feijão, que antes era comida de pobre, agora virou alimento de rico, por conta do preço ter subido assustadoramente nos supermercados.

Ela conta que há poucos meses, nos supermercados de Santarém, o quilo do feijão preto era vendido no valor de R$ 5,00. Hoje, no advento da pandemia de coronavírus (Covid-19), segundo ela, o preço duplicou, sendo comercializado a mais de R$ 10,00. Também os outros tipos de feijão duplicaram seus preços.

"Devido a esse valor, tá difícil para uma família de baixa renda, ter o feijão nosso de cada dia, na mesa", comentou a dona de casa.

Mônica diz que também pesquisou o preço de alguns remédios nas farmácias de Santarém. Ela afirma que o preço dos medicamentos triplicou durante a pandemia.

"Podemos citar a Vitamina C, que antes da pandemia custava no máximo R$ 6,00. Hoje, está custando R$ 15,00. O Ministério Público, Procon e outros órgãos deveriam entrar em ação e fiscalizar esse aumento absurdo", argumenta Mônica, acrescentando que outros medicamentos dobraram de preço, principalmente os relacionados para tratamento do Coronavírus.

"Os donos de farmácias estão enriquecendo rapidamente. Consumidores, vamos abrir os olhos!", exclamou Mônica.

OPERAÇÃO FEIJÃO

No dia 19 deste mês, o Procon/Pará, vinculado à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), encerrou a segunda fase da "Operação Feijão", com as entregas de notificações a distribuidoras do produto em vários municípios. Após denúncias de cobranças de preços abusivos nos principais tipos de feijão consumidos pelos paraenses (carioquinha, preto, cavalo claro e caupi), a Diretoria de Proteção do Consumidor iniciou a operação, coletando preços do gênero alimentício em supermercados.

Nesta segunda fase foram notificadas 10 distribuidoras localizadas em Belém, Ananindeua, Capanema, Marituba, Benevides e Vigia de Nazaré. O objetivo foi analisar o valor de compra pelas distribuidoras e o preço de venda ao consumidor, para verificar se houve cobrança abusiva pelas distribuidoras ou pelos supermercados.

"Nós recebemos muitas denúncias de alta no preço do feijão. Então montamos esta operação, que é muito importante, já que se trata de um alimento básico e essencial no prato dos paraenses. Queremos entender quem está infringindo as normas do Código de Defesa do Consumidor com essas cobranças abusivas", disse o diretor do Procon/Pará, Nadilson Neves.

Na terceira fase da operação, segundo a coordenadora de Fiscalização, Adriana Silva, serão analisados os documentos solicitados. As distribuidoras têm o prazo de três dias para enviar a documentação ao Procon/ Pará. "Queremos ver onde há abusividade, se é na distribuição ou revenda, como os supermercados. Ao constatarmos irregularidades, lavraremos autos de infração para o estabelecimento, pois não podemos permitir que os direitos dos consumidores sejam desrespeitados", reiterou a coordenadora.

Essa operação do Procon deveria chegar em Santarém, para dar um basta nos preços absurdos que estão sendo cobrados.

Fonte: Portal Santarém

 




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