Os peritos da Polícia Científica de Santarém, no oeste do Pará, entraram em greve nesta segunda-feira, dia 17, ou seja, paralisaram suas atividades por 24 horas, por melhores condições de trabalho e, principalmente por reajuste salarial, que não acontece desde o ano 2000.

O perito Elinaldo Silva informou à nossa reportagem, que o objetivo dessa paralização da classe pericial, é reivindicar um reajuste salarial, pois vem ocorrendo uma defasagem há mais de 20 anos.

Em 2000, quando a Perícia foi desvinculada da Polícia Civil, houve paulatinamente uma desvalorização da classe, no que se refere a reajuste. Para que se tenha uma idéia, em 2000 um Perito ganhava 95% do salário de Delegado de Polícia, hoje baixou para 50%.

Em 2014, novamente a Polícia Civil, Polícia Militar e Bombeiros, tiveram um grande reajuste. Porém, a classe pericial ficou de fora. Mais uma vez o governo deixando a classe desvalorizada.

Os peritos não querendo prejudicar a população, vêm fazendo algumas reivindicações de forma administrativa, porém, isso não tem surtido efeito. O que o Governo do Estado tem feito é desvalorizar a classe dos Peritos.

“Mais uma vez vamos paralisar nesta segunda-feira (17), como advertência. Não surtindo efeito, nós vamos aumentar o número de paralisações, até que o governo possa realmente valorizar a classe, que está sendo bastante desprestigiada. Hoje o estado do Pará tem a Perícia como vigésimo sexto colocado a nível de Brasil, e o pior salário aqui da Amazônia Legal. Isso simplesmente deixa o Pará nesta triste situação, enquanto que as demais categorias, como a Polícia Civil, estão em situação menos precária do que a classe pericial. Estamos buscando essa valorização por parte do Governo”, disse Elinaldo Silva.

Fonte: Portal Santarém, com informações de Bena Santana e foto dce Acivan Monteiro