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Santarém(PA), Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024 - 19:32
10/09/2019 as 11:03 | Por Da Redação |
PF desbarata esquema na Usina Hidrelétrica de Belo Monte
Foi deflagrada a Operação Galeria, 65ª fase da Lava Jato
Fotografo: Reprodução
Advogado Márcio Lobão, filho do ex-ministro Edison Lobão, foi preso

A Polícia Federal, em cooperação com o Ministério Público Federal e com a Receita Federal, deflagrou nesta terça-feira, dia 10, a Operação Galeria, 65ª fase da Lava Jato. Cerca de 70 agentes da PF e 18 auditores da Receita Federal cumprem 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo(SP), Rio de Janeiro(RJ) e Brasília(DF), e o Pará aparece como cenário de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, relacionadas a contratos durante a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. O filho do ex-senador e ministro Edison Lobão, advogado Márcio Lobão, está preso na Superintendência Regional de Polícia Federal do Paraná. 

Lobão pai recebeu propinas dos grupos empresariais envolvidos, incorporadas ao seu patrimônio através de complexas operações de lavagem de dinheiro, tais como transações sobrevalorizadas de obra de artes, inclusive em nome de laranjas, simulações de compra e venda de imóveis, simulação de empréstimos, depósitos fracionados em espécie e utilização de contas e transações financeiras no exterior. O ajuste de pagamentos e a coleta do dinheiro eram feitos pelo filho, em conluio com um ex-presidente da Transpetro (empresa responsável pelo transporte e logística do combustível dentro do território nacional e operações de importação e exportação de petróleo e de derivados), que é subsidiária da Petrobrás. Já o crime de branqueamento de capitais teria contado também com a participação de um irmão do ex-senador/ex-ministro.

O nome da operação remete às transações com obras de arte que teriam sido utilizadas como forma de dar aparência lícita às propinas. Daí que elegantes endereços de galerias de arte e de agentes financeiros que atuavam perante bancos, a exemplo do Julius Bär, gerindo contas de Márcio Lobão no exterior, estão sendo revirados pela força-tarefa.

Só entre 2008 e 2014, Edison Lobão e Márcio Lobão receberam pelo menos R$ 50 milhões em propinas dos Grupos Estre e Odebrecht. A operação também investiga benefícios em mais de 40 contratos, cujo valor alcança R$ 1 bilhão, celebrados pelas empresas Estre Ambiental, Pollydutos Montagem e Construção, Consórcio NM Dutos e Estaleiro Rio Tietê. Há provas de que as propinas foram entregues em espécie em escritório advocatício ligado à família Lobão, que tem sede no Rio de Janeiro. 

Fonte: Portal Santarém e Franssinete Florenzano, com informações da Polícia Federal.

 

 




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