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22/02/2021 as 07:47 | Por Redação |
Pediatra alerta para os cuidados com a Síndrome mão-pé-boca
Período de chuva na região amazônica é propício para a propagação de síndromes virais
Fotografo: Reprodução
O acompanhamento médico é fundamental para o desenvolvimento da criança

A síndrome mão-pé-boca é uma doença altamente contagiosa, causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus, a mesma família do vírus da varicela, o que tem levado alguns pais a acharem que estão diante de um caso de catapora. 

“Por isso é fundamental fazer o diagnóstico diferencial com as doenças que causam sinais e sintomas semelhantes”, alerta Maria Lúcia dos Santos, pediatra do Hospital 5 de Outubro (HCO), em Canaã dos Carajás.  

A pediatra da unidade gerenciada pela Pró-Saúde desde 2006, no sudeste paraense, explicou que o nome da doença se deve ao fato da sua particularidade de lesões ocorrerem, simultaneamente, na mucosa da boca, na palma das mãos e na planta dos pés. “As pequenas pápulas atingem outras regiões da pele, mas essas três acima são a característica da doença”, frisou.   

Como ocorre a transmissão 

A transmissão ocorre pela via oral/fecal, por meio do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então por meio de alimentos e de objetos contaminados.  

“O período de incubação do vírus oscila entre um e sete dias. Incluem febre superior a 38ºC, dor de garganta e falta de apetite. Enquanto não surgem as lesões características, esses sintomas podem ser confundidos com os do resfriado comum”, explica a pediatra. 

Ainda segundo Maria Lúcia, após a primeira fase de febre, recusa alimentar e sintomas gripais, inicia-se a fase de lesões que acometem a mucosa da boca e a pele.  

“As lesões da boca trazem muito desconforto devido à dificuldade de alimentação. Já as lesões de pele são marcadas por coceiras intensas que irritam e incomodam bastante a criança”, disse.  

Como é feito o tratamento 

O tratamento da síndrome mão-pé-boca consiste no controle dos sintomas e deve ser orientado pelo profissional pediatra ou clínico e dura cerca de 7 dias. 

“O ideal é que a criança não vá à escola ou à creche durante este período para não contaminar outras crianças. Tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta”, orientou a pediatra do 5 de Outubro.  

Higiene ajuda no combate 

Em relação às medidas preventivas para evitar a propagação da doença, deve-se evitar o contato muito próximo com o paciente, além de: 

- Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;  

- Manter um nível adequado de higienização da casa, das creches e das escolas;  

- Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos; 

- Afastar as pessoas doentes da escola ou do trabalho até o desaparecimento dos sintomas (geralmente 5 a 7 dias após início dos sintomas); 

- Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas. 

Também é importante lavar com água e sabão as superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos indivíduos doentes e, logo depois, desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (uma colher de sopa de água sanitária diluída em quatro copos de água limpa). 

Atendimentos em 2020 

O Hospital 5 de Outubro foi fundado pela empresa Vale e projetado para apoiar as operações da Mina Sossego e a implantação do projeto S11D. O HCO possui estrutura de pequeno porte, com capacidade para atender casos de até média complexidade e congrega ambulatório para consultas eletivas, Pronto Atendimento 24 horas, instalações de internação com enfermarias e apartamentos individuais e suporte diagnóstico em diversas.  

Em 2020, o HCO realizou mais de 340 mil atendimentos entre consultas ambulatoriais, exames, internações e cirurgias. Ao longo do ano, também foram realizados 323 partos. A qualidade assistencial obteve reconhecimento dos usuários, que alcançou índice de 91% de satisfação no ano passado. 

Fonte: Portal Santarém e Larissa Rocha/HCO 

 




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