Atitudes do presidente da República, Jair Bolsonaro, que vão na contramão das recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre medidas de prevenção a pandemia do coronavírus, revoltam o coordenador da Frente em Defesa da Amazônia (FDA), padre Edilberto Sena.
No último domingo, 29, após desobedecer as medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos, em todas regiões do Brasil, Bolsonaro visitou alguns pontos de Brasília, gerando críticas da população em todo o território nacional e de autoridades internacionais.
Para o padre Edilberto Sena, por conta da desobediência do isolamento social e de colocar a vida de dezenas de pessoas em risco tanto o Congresso Nacional quanto o Supremo Tribunal Federal (STF) já deveriam ter cassado os direitos políticos do presidente e colocado ele para fora de Brasília.
"Que se pode dizer sobre esse homem que é dito presidente da República, é: falta vocabulário adequado, imbecil? Obcecado? Diabólico? Perverso? Acho que ele é a soma de tudo isso. Mas não entendo porque o STF e o Congresso não agem e o botam fora do cargo, por quê? Estão com medo das milícias?", questiona o religioso.
Segundo padre Edilberto, pode haver uma razão lógica para a permanência de Bolsonaro, no cargo maior do Executivo.
"A razão lógica pra essa perversão de Bolsonaro, é que o plano econômico do Paulo Guedes, já vem ruindo sistematicamente. Aí o coronavirus chegou na hora certa para eles. Daqui a pouco, vão publicar que a economia faliu por conta do inimigo invisível", comentou Sena.
TOUR EM BRASÍLIA
Ainda na manhã de domingo, durante um tour em Brasília, Bolsonaro declarou que estuda liberar o retorno às atividades de trabalhadores formais e informais que precisam 'levar sustento' para casa.
Em conversa com vendedores autônomos, o presidente da República não informou que profissão se encaixaria na categoria 'necessária para levar sustento para os filhos', nem qual seria excluída desse critério.
Apesar dos riscos de manter as pessoas circulando, das experiências negativas no exterior e das alternativas em debate no mundo, Bolsonaro afirmou que teve um impulso para visitar a população, no domingo. Para autoridades de saúde, Bolsonaro insiste em incentivar a exposição dos brasileiros a contaminação do coronavírus (Covid-19).
Por: Manoel Cardoso
Fonte: Portal Santarém