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Santarém(PA), Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024 - 16:32
28/11/2019 as 12:47 | Por Da Redação |
Padre Edilberto: "Prisão de brigadistas é repressão às ONGs"
Coordenador da Frente em Defesa da Amazônia (FDA) teme que repressão continue
Fotografo: Reprodução
Religioso diz que isso é uma novela que faz parte da estratégia de medo do Governo Federal

Quatro dias depois da prisão de quatro brigadistas, suspeitos de atearem fogo na Área de Proteção Ambiental (APA) de Alter do Chão, em setembro deste ano, o coordenador da Frente em Defesa da Amazônia (FDA), padre Edilberto Sena declarou que o fato se consolida, como repressão às Organizações Não Governamentais (ONGs).

"Minha opinião, é que essa novela faz parte da estratégia de medo do Governo Federal. Como eles estão destruindo as vidas dos pobres e trabalhadores e como estão vendo as rebeliões ocorrendo nos países vizinhos, estão prevendo que a rebelião está chegando no Brasil. Então, iniciaram a repressão sobre as ONGs e movimentos populares. Repressão pra botar medo!", exclamou, Sena.

Ele teme que a repressão continue direcionada às ONGs.

"O governo está apavorado com tanta destruição de direitos sociais e vê a rebelião nos países vizinhos. Então, usa a repressão sobre grupos mais conscientes, como as ONGs", comentou, Sena.

Os brigadistas paulistas Daniel Gutierrez Govino, de 36 anos; João Victor Pereira Romano, 27 anos; Marcelo Aron Cwerver, 36 anos;  e Gustavo de Almeida Fernandes, 36 anos, funcionário da organização Projeto Saúde e Alegria (PSA), foram presos na terça-feira, 26, sob suspeita de atear fogo na APA e desviar recursos de organizações não-governamentais internacionais.

Eles integram a Brigada de Incêndio de Alter do Chão, organização não governamental (ONG) que atua no combate a queimadas na APA. Uma das hipóteses sob investigação é que os suspeitos causavam os incêndios para, depois, serem convocados para apagar as chamas e receber algo em troca. Eles negam as acusações.

PRISÕES PREVENTIVAS

Na manhã de quarta-feira, 27, o juiz Alexandre Rizzi, da 1ª Vara Criminal de Santarém, manteve as prisões preventivas dos brigadistas por mais dez dias, acompanhando, inclusive, um parecer do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).

De acordo com um dos advogados dos brigadistas, Wlandre Leal, eles já estavam colaborando com investigações da Polícia Civil do Pará, abertas em setembro. Dois deles, inclusive, já haviam prestado depoimento, fornecido documentos de finanças e de renda espontaneamente.

APA ALTER DO CHÃO

Com cerca de 16.180 hectares (um hectare corresponde às medidas, aproximadamente, de um campo de futebol oficial), a unidade de conservação de uso sustentável fica em Santarém do Pará, em uma região de forte apelo turístico devido às belezas naturais.

Por: Manoel Cardoso

Fonte: Portal Santarém

 




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