A grande quantidade de buracos na pista de rolamento da rodovia Cuiabá - Santarém (BR-163), no trecho entre a Comunidade de Tabocal e o viaduto da Fernando Guilhon, revolta moradores do Planalto Santareno, no oeste do Pará. Eles denunciam que vários apelos foram feitos ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão responsável pela manutenção da rodovia federal, mas até o momento nenhum serviço foi feito no local.
A rodovia é a principal via de ligação da região Centro-Oeste do Brasil com o Porto de Santarém e, consequentemente, com países da Europa, Ásia e América do Norte. Porém, nos últimos anos, a pista está cheia de buracos e o pavimento não suporta mais remendos paliativos. Moradores das proximidades, já chegaram a “plantar” grãos de arroz e milho em buracos, criticando as péssimas condições da rodovia.
Além dos moradores, motoristas que trafegam pela BR-163, precisam ser muito atenciosos para conseguir driblar a grande quantidade de buracos que há meses tomam conta do lugar. Sem contar os riscos de acidentes, eles ainda sentem as consequências no bolso. Problemas de suspensão, pneus furados e molas quebradas nos veículos são as queixas mais constantes. Os moradores da área reclamam de acidentes e da falta de sinalização na rodovia, que piora ainda mais quando chega a noite.
A manicure, Katiane Silva, moradora da Comunidade de Cipoal, conta que de segunda a sexta-feira necessita vir a cidade, para trabalhar e estudar. Porém, o medo se torna constante quando trafega na BR-163.
“Isso é um problema muito grande. Estão ocorrendo acidentes praticamente a todo momento por causa dessa quantidade de buracos. A gente quer que o órgão responsável pela manutenção faça alguma coisa”, reivindica Katiane.
Ela afirma que já presenciou acidentes na rodovia ocasionado por buracos. “Eu vi um motorista tentar desviar de um buraco, entrou na contramão, aí vinha uma motocicleta e ocorreu um acidente. Isso é brincar com vidas. Se esse órgão não está dando conta de fazer essa manutenção, deve pedir pra sair e colocar uma empresa pra fazer esse serviço, porque do jeito que está não pode ficar”, exclama Katiane.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: Portal Santarém