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Santarém(PA), Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024 - 05:39
10/10/2019 as 11:56 | Por Da Redação |
HMS alerta – Casos de pneumonia aumentam em Santarém
Desde abril, o HMS registrou 162 internações por pneumonia. 65% delas são crianças
Fotografo: Reprodução
Sintoma é silencioso, somente o diagnóstico feito com Raios-X evidência a inflamação dos pulmões

O Hospital Municipal Alberto Tolentino Sotelo (HMS) registrou a elevação dos números de atendimento de pessoas com suspeitas de pneumonia neste ano. O clima seco e a baixa umidade acabam contribuindo para o aparecimento da doença que atinge com mais frequência crianças e idosos.

Desde abril, o HMS registrou 162 internações por pneumonia. Ou seja, nos últimos 6 meses, em média, uma pessoa permaneceu na Unidade para tratamento da doença e 65% delas são crianças. O número aumenta para casos suspeitos. Só no mês de setembro, 167 crianças foram atendidas na pediatria da urgência e emergência, dessas 145 realizaram exame de Raio-X no tórax. “O médico, normalmente solicita imagem do tórax quando tem suspeita de um quadro infeccioso no pulmão. Nem todos confirmam”, disse a supervisora de radiologia do HMS e UPA, Regianna Lopes.

PNEUMONIA É ASSUNTO SÉRIO

Para a pediatra do Hospital, Dra. Naheri Pennafort Ferreira, não existe "princípio de pneumonia". Mesmo que a doença esteja numa área pequena do pulmão, é diagnosticado como pneumonia e precisa receber o tratamento específico. “A questão é que alguns pais podem entender como algo bastante simples, não havendo o esforço correto no tratamento e pode evoluir para um quadro mais sério, sendo necessária a internação clínica", enfatizou.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a pneumonia é uma das doenças que mais mata crianças até cinco anos de idade no mundo. A Organização afirma que a pneumonia é um dos problemas mais passíveis de solução no cenário da saúde mundial e ainda assim, uma criança morre pela doença a cada 20 segundos.

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

A American Lung Association conta 30 tipos de pneumonia. Em geral, são causadas por vírus, bactérias e fungos nos casos de pneumonia comunitária, isto é, fora do ambiente hospitalar. Segundo a Associação, a doença pode se espalhar pela tosse, espirros, toque ou até pela respiração. A maioria dos casos é de infecção viral e a melhora é observada entre uma a três semanas.

Naheri explica que o meio de transmissão é sempre o inalatório. O surgimento de febre alta, tosse produtiva, cansaço, dificuldade para respirar e dor no peito. “Além da falta de interesse em comer ou beber, aumento ou permanência de febre durante 5 dias mesmo com uso de medicação são sintomas da doença” enfatiza.

O pequeno Herlam de Carvalho, de 5 anos, foi internado no HMS com o diagnóstico da pneumonia, a mãe, Gislane Carvalho, contou que o filho apresentou febre alta, cansaço, tosse. “Eu logo atribui esses sintomas a dor de garganta, mas a febre aumentou então decidi trazer ele para o Hospital”, detalhou. O paciente realizou exame Raio-X que mostrou a doença. O tratamento foi iniciado imediatamente e em seguida foi liberado para continuar o tratamento na residência.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO

As principais formas de prevenção são recomendações simples: lavar as mãos, não fumar, evitar aglomerações e se vacinar. Atualmente, existem vacinas disponíveis para a pneumonia pneumocócica que, mesmo não sendo capazes de prevenir todos os casos de pneumonia, podem evitar as formas mais graves.

Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação contra a gripe reduz bastante as hospitalizações por pneumonias e a mortalidade global pela doença. Por isso, devem ser vacinados os grupos considerados mais sujeitos às formas graves da doença: gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto, crianças de 6 meses a 2 anos, profissionais de saúde, doentes crônicos, pessoas privadas de liberdade ou com 60 anos de idade ou mais.

Fonte: Portal Santarém e Natashia Santana

 




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