Parece que o inverno está voltando com toda força à nossa região. Depois da forte chuva que caiu na virada do ano em Santarém, o Município voltou a ser castigado com um grande temporal na madrugada desta sexta-feira, dia 03 de janeiro de 2020.
Em vários pontos da cidade aconteceram problemas e acidentes. Várias ruas ficaram alagadas, ocasionando congestionamentos de veículos; casas foram destelhadas. Um veículo derrubou um poste de energia elétrica no Residencial Salvação, sendo que após o acidente o motorista fugiu do local, abandonando o veículo e um amigo que estava machucado.
Também nas primeiras horas desta sexta-feira, uma mangueira antiga, não resistiu ao forte vento e caiu na Praça São Sebastião, na esquina da agência do Basa. A árvore atingiu um veículo que estava estacionado às proximidades, sendo que uma pessoa dormia no interior do veículo. Por sorte, não sofreu ferimentos.
O Corpo de Bombeiro e trabalhadores da Prefeitura estão no local fazendo os trabalhos para a retirada da árvore centenária.
CHUVAS SERÃO CONSTANTES ATÉ MARÇO
Por conta do "inverno amazônico", período de maior intensidade de chuvas na região, o paraense deve enfrentar mais um mês de janeiro de tempo predominantemente nublado e com muita chuva, que podem, inclusive, ser diárias até o fim do primeiro trimestre de 2020. De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e a Defesa Civil do Estado, ligada ao Corpo de Bombeiros Militar do Pará.
A denominação regional - inverno amazônico - tenta, na verdade, explicar o que ocorre principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, já que é verão nesta época do ano na maior parte do hemisfério sul. Esse fenômeno que aumenta, consideravelmente, tanto o calor quanto o índice pluviométrico, pode ser explicado pela atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e por sistemas meteorológicos de escalas menores, linhas de instabilidade e sistemas de brisas.
"Já começou. Estamos realmente vivendo o 'inverno amazônico', e o perigo é que estamos no meio do verão. Só que por conta da ZCIT, direta ou indiretamente, temos esses índices de chuva acima de 300 mm e o clima mais quente, abafado, daí esse nome", informa o meteorologista Frank Baima, da Diretoria de Meteorologia, Hidrologia e Mudanças Climáticas e do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam), da Semas. Embora o primeiro trimestre seja o momento mais crítico, o meteorologista confirma que o monitoramento é feito o ano inteiro, de forma contínua, incluindo a relação do quantitativo de chuvas acumuladas nas bacias dos rios, a fim de antecipar e prevenir a possibilidade de transbordo. "Diferente do ano passado, Marabá (no sudeste paraense) não deve bater a cota de alerta, que é de 10 metros de altura, porque a quantidade de chuvas será menor na região este ano. Ao contrário de localidades como Oriximiná, Santarém e Óbidos, que nos preocupam por causa da influência do Rio Amazonas, que tem recebido muitas chuvas", antecipa o meteorologista.
Fonte: Portal Santarém, com informações e foto de Bena Santana