A informação é do presidente da Associação Nacional do Ouro (Anoro), Dirceu Frederico. Segundo ele, as sucessivas mobilizações em torno da necessidade urgente da legalização da atividade garimpeira despertou o interesse do governo federal, que já acenou para a possibilidade de fortalecer a Agência Nacional da Mineração, antigo DNPM, para implementar os processos pendentes de solicitação de permissão de lavra garimpeira.

A primeira grande investida foi a vinda do Grupo de Trabalho da ANM, que passou por Itaituba e visitou frentes de serviço e comunidades garimpeiras da região. O relatório elaborado pelo GT reforçou a luta pela legalização e já está prevista a vinda de uma força tarefa da Agência Nacional da Mineração, para analisar os processos que estão pendentes. São dezenas de milhares de processos estancados, sem nenhuma definição.

Segundo Dirceu Frederico, nesta primeira etapa, serão analisados 1.200 processos, o que já significa um grande avanço para o setor produtivo mineral da região do Tapajós.

Na verdade, a atenção dispensada pelo governo federal através dos ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia já significa um grande avanço. Atualmente, segundo a Anoro, mais de sessenta mil pessoas, só na província mineral do Tapajós, trabalham no garimpo, atividade que mantém famílias e representa mais de 65% da economia dos municípios da área de influência da zona garimpeira. Apesar de só agora estarem sendo vistos esses resultados, a luta pela legalização da garimpagem já acontece há mais de trinta anos, e sempre fez resistência à forma agressiva e repressiva com que o garimpo sempre foi tratado.

Fonte: Portal Santarém e Mauro Torres