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Santarém(PA), Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024 - 18:27
17/10/2019 as 09:20 | Por Da Redação |
Estelionatário usa WhatsApp para aplicar golpe no Pará
Polícia Civil orienta a população para que não caia nesse tipo de golpe
Fotografo: Reprodução
Um internauta denunciou a nova prática que ocorre via aplicativo de mensagens

A audácia de criminosos é cada dia mais surpreendente. Um internauta denunciou para a reportagem a nova prática que ocorre via aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp. Uma pessoa se identifica como Landerson para pedir um “pequeno favor” à suposta vítima.

Na foto do perfil, um homem sentado à beira de uma praia olhando para o lado – provavelmente não correspondente à identidade do criminoso. A conversa começa de forma “normal”, com uma breve apresentação à vítima. Depois, o homem diz que participa do mesmo grupo de aplicativo e que precisa de um favor. Ele afirma que estava tentando fazer uma transferência bancária e o limite do dia excedeu. Posteriormente, pede para a vítima transferir a quantia de R$ 1.330. Pelo menos cinco pessoas receberam as mesmas mensagens na noite desta quarta-feira, 16.

Uma das vítimas chega a fingir que está interessada na conversa com o estelionatário e consegue informações de como o golpe é aplicado.

O homem começa a explicar como o golpe é aplicado. “Dá para invadir o zap de duas formas, eu consigo por ligação ou pelo zap mesmo”, diz. Indagado sobre a quantia que já conseguiu com o crime, ele diz que consegue R$ 3 mil por dia antes das 12h e ainda complementa dizendo que para aplicar o golpe, é necessário um chip com o CPF de outra pessoa.

Depois de explicar como o golpe é aplicado, o criminoso faz um discurso tão inusitado que merece ser transcrito nesta reportagem:

“Parceiro, não estou falando da boca para fora. To falando para você que quero todo mundo ganhando dinheiro na vida, pois não levamos nada dela. Então, ‘vamo no corre’ para conquistar. Eu já roubei por muito anos por muito menos que eu ganho hoje por dia. Me arrependo, porque se for para ser, tem que tirar de quem tem de verdade. R$ 10 mil, R$ 20 mil não faz falta. Tem gente que ganha R$ 30 milhões e não doa nada para a África. É deles mesmo que a gente tira”, declarou o estelionatário.

Depois de dialogar com o criminoso, o denunciante o bloqueou. Uma das vítimas registrou Boletim de Ocorrência foi feito pela Delegacia Virtual do Pará. Restam as outras três.

Desconfie sempre

Em abordagens por WhatsApp desse tipo – quando há pedidos de empréstimo de dinheiro em situações de urgência sob o pretexto de algum grau de parentesco – a orientação é que as pessoas liguem para o telefone do suposto familiar ou amigo, para tentar confirmar a real identidade de quem está do outro lado da linha antes de efetuar a transferência bancária.

A prática se caracteriza como crime de estelionato, está disposta no artigo 171 do Código Penal e é imputada àquele que busca obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. A pena de reclusão é de um a cinco anos e multa.

Como funciona

1- Golpistas clonam um número de celular de uma pessoa, que fica alguns minutos (ou até horas) sem ter acesso ao WhatsApp.
2- Passando-se por essa pessoa, os criminosos começam a pedir dinheiro – via WhatsApp – a todos os contatos registrados na agenda da vítima. Eles solicitam um valor de depósito, em dinheiro, a ser feito numa conta de um terceiro.
3- Geralmente, sem checar a veracidade do pedido de empréstimo, alguém mais próximo e de extrema confiança da vítima acaba efetuando o depósito na conta indicada.
4- Após o depósito, golpistas sacam o dinheiro depositado de forma indevida sem dar tempo para a vítima cancelar a operação bancária.

Como a Polícia Civil orienta a população para que não caia nesse tipo de golpe?

Primeiro, por mais que você conheça a pessoa que está lhe pedindo o favor, procure confirmar com a mesma o pedido. Não faça qualquer transferência bancária ou depósito em conta antes de verificar a situação. Estranhe se uma pessoa, com quem você não tem um relacionamento próximo, fizer esse tipo de pedido a você. Dê uma ligada antes ou converse pessoalmente se possível.

O que fazer caso a pessoa seja vítima? 

Se você descobrir que caiu em um golpe, procure o quanto antes possível uma Delegacia de Polícia e registre boletim de ocorrência. Leve os "prints" das conversas com o golpista via whatsapp ou via URL (endereço virtual) do local onde ocorreu o golpe. Traga os comprovantes de depósito ou de transferência bancária.

Fonte: Roma News

 




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