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Santarém(PA), Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024 - 10:02
20/09/2019 as 13:11 | Por Da Redação |
Delegada é presa por ajudar milícias e vazar informações a vereador
Na noite que antecedeu a Operação, Delegada teria avisado vereador sobre os mandados
Fotografo: Reprodução
Eliete Cristina Alves Borges tentou vaga na Alepa pelo MDB

Ela é suspeita, dentro da própria corporação de segurança a qual pertence – a Polícia Civil do Pará – de vazar o sigilo da operação Anonymous II, que ontem prendeu sete policiais militares envolvidos com milícias e grupo de extermínio na região metropolitana de Belém. Por conta disso e mais ainda por supostamente ter avisado o vereador Hugo Ataíde (PSDB), um dos alvos da operação e com prisão decretada pela justiça, permitindo com isso que ele fugisse, a delegada Eliete Cristina Borges, que atua em Ananindeua, foi presa na manhã desta sexta-feira (20).

De acordo com a Polícia Civil, a situação da delegada é complicada. Além do crime de favorecimento, Eliete Borges teria envolvimento com as milícias, inclusive recebendo propina para ajudar grupos de extermínio a construírem álibis. A prisão dela, segundo nota da PC, indica a “imparcialidade das investigações desta operação”.

Para falar sobre a prisão da delegada e divulgar outras informações sobre a operação de ontem, o delegado-geral, Alberto Teixeira, convocou uma entrevista coletiva. Na noite que antecedeu à Operação Anonymous II, segundo investigações do serviço de inteligência, a delegada teria ido avisar o vereador Hugo Atayde sobre os mandados de prisão e busca deferidos contra ele pela Justiça. O vereador alega perseguição de dois delegados e se diz vítima da polícia por defender, como advogado, policiais militares envolvidos em crimes.

Em vista disso, segundo a polícia, o vereador “fugiu na mesma noite e desde então está na condição de foragido da Justiça”. Além da prática de favorecimento pessoal, a delegada também teria envolvimento em diversas apresentações que antecederam a ocorrência de homicídios na Região Metropolitana de Belém. “Indícios confirmam que, em uma dessas ocasiões, teria ela recebido a quantia de R$ 3 mil para auxiliar membros do grupo de extermínio na construção fictícia de um álibi”, enfatiza a nota policial.

Ver-o-Fato apurou que a delegada Eliete Cristina Alves Borges foi candidata, na eleição passada, ao cargo de deputada estadual pelo MDB. Ela obteve 948 votos e não foi eleita.

Fonte: Ver-O-Fato

 




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