Na segunda-feira (03), o Vereador Carlos Martins (PT) prestou apoio e solidariedade ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém, que teve a sua sede ocupada por representantes de cooperativas de extrativistas da Resex Tapajós Arapiuns e da Gleba Nova Olinda.  

O motivo seria por conta de uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que suspendeu decisão liminar da Justiça Federal de Santarém, que autorizava a retomada dos procedimentos para a execução de planos de manejo na Resex. 

Atualmente, é previsto que sejam realizados planos de manejo para a exploração madeireira nas reservas, porém, é necessário uma consulta prévia para que as 78 comunidades tradicionais e aldeias indígenas que vivem na resex tenham conhecimento da atividade. 

“O que foi relatado pelo STTR, e o que chegou até nós, é que a consulta não foi feita de forma adequada e por isso a decisão do Tribunal Regional. O que quero reforçar é que essa atitude de invasão não se justifica, por mais que haja uma diferença de pensamento entre os cooperados, o sindicato e o CITA. O diálogo é o melhor caminho para se buscar o entendimento. Destaco mais uma vez minha solidariedade e meu apoio ao STTR, e entendo que o que deve prevalecer é a transparência, o diálogo e o entendimento”, explicou Carlos Martins.  

Carlos Martins ainda complementou, “O que nós queremos é que o modelo de desenvolvimento da região possa levar oportunidade a todas as comunidades e aldeias, e que não apenas algumas pessoas possam se prevalecer dos benefícios do desenvolvimento e da riqueza que isso acarreta. O objetivo do desenvolvimento é chegar a todas as pessoas para que melhore realmente as condições de vida na região”, explicou.  

O parlamentar ainda destacou em sua fala na tribuna, sobre o encontro que participou na última sexta-feira (30) com a juventude do Projeto de Assentamento Extrativista (PAE) Lago Grande.  

“Os jovens demonstraram sua preocupação com a mineração, a exploração madeireira e a possibilidade do agronegócio na região.  

Nós somos favoráveis ao crescimento da região, queremos que o desenvolvimento chegue ao PAE Lago Grande, mas solicitamos que antes seja feito uma consulta, que as pessoas possam ser ouvidas, porque queremos saber se realmente vamos ter um desenvolvimento voltado para a região como um todo”, detalhou.  

“Eles solicitam que o território continue sendo coletivo, que as pessoas possam ter acesso à terra de forma coletiva, defendem que os investimentos públicos possam ser aplicados na agricultura familiar, na pesca, no artesanato e na exploração de produtos florestais não madeireiros.  

Isso mostra que existem várias maneiras de desenvolvimento naquela região e que precisamos dialogar agora, para que no futuro não ocorram novamente situações como essa ocorrida no STTR", finalizou. 

Fonte: Portal Santarém e Ascom/Vereador Carlos Martins (PT)