O mau cheiro exalado no sistema de drenagem da Avenida Barão do Rio Branco, no perímetro entre Borges Leal e Marechal Rondon, na área central de Santarém, no oeste do Pará, ao lado de um dos cemitérios, virou motivo de incômodo para transeuntes.
Quem caminha no local constata o despejo de fezes humanas, de sanitários de residências, edifícios e pontos comerciais, diretamente na canaleta da Barão do Rio Branco.
Usuários de um ponto de ônibus próximo do local reclamam do fedor de fezes. "Todos os dias eu preciso pegar o ônibus nesse ponto, mas esse fedor de merda de gente incomoda muito. As autoridades deveriam fazer uma fiscalização nessa área, porque além de ser um esgoto a céu aberto, esses coliformes fecais provocam riscos de doenças pra todos que precisam pegar o ônibus nesse ponto", alertou a vendedora, Isalene Gonçalves.
A canaleta, criada para escoar água da chuva, chega até os rios Tapajós e Amazonas, provocando riscos à população.
Por conta disso, um biólogo da Universidade Federal do Oeste do (Ufopa) alerta que diante do crescimento desordenado da cidade e do uso irregular do solo, ligações clandestinas podem descartar esgotos não tratados sem que haja conhecimento das autoridades locais, levando sérios riscos para centenas de pessoas.
Para solucionar o problema, segundo o biólogo, são necessárias ações integradas de fiscalização, conscientização dos proprietários de imóveis residenciais e comerciais da rua, ação dos órgãos públicos e de parceiros.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: Portal Santarém