Acadêmicos da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) continuam sem previsão para o retorno das atividades normais. É que, segundo a Pró-Reitora de Ensino de Graduação, Solange Ximenes, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as atividades de graduação estão suspensas no formato presencial por tempo indeterminado, em todos os campi.

Por meio da assessoria de imprensa, a professora Solange explicou que na universidade pública as atividades acadêmicas podem ser divididas em três pilares: Ensino, Pesquisa e Extensão. Porém, na Ufopa foram suspensas todas as atividades presenciais, continuando apenas algumas atividades de pesquisa e de extensão, sendo realizadas remotamente.

“Outras foram continuadas de modo presencial, mas observadas as normas de biossegurança, como é o caso da produção de álcool em gel e capsulas respiratórias, por exemplo. As atividades de ensino da pós-graduação estão em funcionamento na maioria dos cursos, porque pressupõem dinâmica própria. Por isso, em acordo com as coordenações de curso, algumas delas continuam”, informou a professora Solange.

Nesta segunda-feira, 17, iniciam as atividades do Período Letivo Especial. “É um período destinado a estudantes concluintes e pensado para oportunizar a integralização dos cursos de graduação para aqueles discentes que estão no último semestre dos cursos. Ele será ofertado totalmente em formato remoto”, ressaltou a professora Solange.

Segundo ela, em março deste ano, foram criados vários grupos de trabalho para estudar as ações da Universidade, no contexto da pandemia. “O mais importante deles é o Comitê Covid-19, que integra vários membros da comunidade acadêmica e que tem orientado as políticas da instituição no momento atual. Será esse comitê, que possui especialistas da área de saúde, que indicará o momento seguro de retomada das atividades presenciais”, destacou a professora Solange.

IMPACTOS DO CORONAVÍRUS NAS ATIVIDADES DA UFOPA

Os impactos da pandemia de Covid-19, nas atividades acadêmicas da Ufopa, de acordo com a professora Solange, são uma questão complexa e, que talvez, não possam ser mensurados em curto prazo. “Todas os setores da sociedade sofreram algum tipo de impacto com essa pandemia e eles se influenciam mutuamente. Então, não dá para dizer um impacto específico na Ufopa, sem avaliar todo o contexto local e regional. E nesse caso específico, o contexto mundial”, declarou.

Mas, segundo ela, na mesma medida em que é difícil projetar os impactos futuros, é possível dizer que “hoje, a universidade brasileira, não apenas a Ufopa, conseguiu mostrar o seu valor social”.

Para a professora Solange, a universidade brasileira tomou a frente na realização de pesquisas sobre as vacinas para a Covid 19, bem como liderou a produção e distribuição de álcool em gel para as camadas mais vulneráveis da sociedade, além de ajudar a dar confiabilidade aos dados sobre o avanço das taxas de contágio.

“Enfim, temos uma série de impactos que revelam o poder transformador e o compromisso social das universidades públicas brasileiras”, apontou a professora Solange.

Por: Manoel Cardoso

Fonte: Portal Santarém